Ragdolls
O Ragdoll (que significa boneca de pano em
português) é uma raça de gatos de origem americana ( California),
raramente encontrada em outros países. Em 1982, havia notícia de um único
Ragdoll no
Brasil - Sansão. Atualmente, contamos com cerca de 60 registrados, a maioria proveniente dos dois gatis que iniciaram
oficialmente a criação brasileira em 1998 (Montana's &
Muntaz-i-Mahal), através da importação
de exemplares dos melhores gatis americanos. De lá para cá, o Ragdoll vem
se tornando conhecido através de exposições, novas importações e da divulgação desses dois gatis, dedicados
exclusivamente à raça. O Ragdoll chama a atenção por três motivos:
tamanho, temperamento e beleza. É a segunda maior raça de gatos do mundo,
sendo a de desenvolvimento mais lento, pois um Ragdoll só
termina seu crescimento por volta dos quatro anos de idade,
podendo um macho adulto não castrado chegar aos 10 ou 11 quilos. É
um "Gigante Gentil", meigo, delicado,
brincalhão e interativo. É de uma beleza
singular, com sua pelagem semilonga de textura fofa e sedosa, com
seus olhos plácidos, sempre azuis. Impossível não ter o olhar
desviado por um Ragdoll.
HISTÓRIA DA
RAÇA
A História do Ragdoll é cheia de
controvérsias, mitos e fatos geneticamente improváveis, mas não
encontra divergências em um ponto: A raça não existiria se não
fosse por Ann Baker (Ann criava gatos
Persas). Em 1963, Riverside,
California, vivia Josephine, uma gata de pelagem branca e
semilonga, grande porte, raça não definida e parecida
com um Angorá. Pertencia a Mrs. Pennel, uma
vizinha de Ann. Josephine era arredia e assim
vivia pelas ruas tendo seus filhotes, que eram
cismados e ariscos como ela própria.
Uma vez,
Josephine ficou desaparecida por dois dias, ao fim dos quais foi
encontrada por vizinhos de Ann. Ela havia sido atropelada,
estava muitos machucados e escoriações na cabeça e perdera um
dos olhos. Depois de ter recebido cuidados por algum tempo,
pôde voltar para sua casa. O
atropelamento mudara muito o seu comportamento.
Ela tornara-se uma gata carinhosa e caseira, estava meiga,
confiante e teve seus primeiros filhotes dentro de casa, eles também dóceis, sociáveis e
mansos. Curiosamente ficavam completamente relaxados no colo das
pessoas, como bonecas de pano (daí a origem do nome Ragdoll). Por todas
essas qualidades, Ann passou a acompanhar periodicamente
as crias de Josephine e interessou-se por alguns de seus
filhotes. Escolheu três deles (um macho e duas fêmeas) sobre os quais o
perfil do Ragdoll começou a ser o traçado. Em 1965, ela
iniciou os cruzamentos com esses exemplares e obteve a primeira
ninhada, da qual dois filhotes foram
reconhecidos oficialmente como os primeiros Ragdolls. A partir daí,
Ann estipulou que o padrão
básico da raça Ragdoll seria o Colorpoint e os olhos
teriam que ser sempre azuis. Ann continuou a criação com os
exemplares que ia produzindo e conseguiu determinar os três
padrões iniciais da raça: Colorpoint, Mitted e Bicolor.
Ann promovia a raça em programas de TV, entrevistas e jornais através do
mito de que o Ragdoll havia sofrido uma mutação
genética tornando-se diferente, imune à dor, mole e relaxado, isso
devido ao atropelamento
de Josephine. Também dizia que a raça era produto híbrido
de experiências genéticas com outros animais e possuía até mesmo
genes humanos (fato geneticamente improvável, ainda mais para a época). Ann
patenteou o
nome Ragdoll e passou a cobrar direitos das pessoas que começaram a criar a raça. Mais tarde
decidiu cobrar uma
porcentagem sobre a venda de cada filhote. As coisas ficaram
tumultuadas, os seguidores de Ann estavam
descontentes e por isso parando de criar.
Mas, graças ao trabalho sério de
pessoas como o casal Laura e Denny Dayton (que se
apaixonaram pela raça e criaram Ragdolls de 1969 a 1981),
o Ragdoll continuou firme, a raça foi sendo aperfeiçoada e, em 1993,
reconhecida por toda a gatofilia norte-americana.
Ann faleceu no começo de 1997.
Apesar de todos os eventos, das divergências, dos mitos, do
marketing, é impossível não deixar registrado um obrigado a Ann
Baker, por uns amada, por outros odiada, mas felizmente,
a Mãe (criadora) do maravilhoso Ragdoll.
CARACTERÍSTICAS DA RAÇA
Ragdolls são muito
mais que gatos grandes e bonitos. Eles são atenciosos, divertidos, sensíveis
e aprendem com
facilidade. Costumam atender
pelo nome, são eternos companheiros, onde o dono estiver o seu
Ragdoll estará, até mesmo no banho! Alguns gostam de ser pegos
como bebês, outros correm para o colo quando sentamos. São gatos de grande porte,
mas de média a
baixa atividade. Quanto mais o tempo passa, mais sossegados ficam,
mas sem deixarem de brincar ou interagir em nosso dia-a-dia.
São gatos indoor (dentro de casa) feitos para viverem
junto a nós e não em ambientes abertos.
Adoram o convívio com pessoas e se adaptam facilmente a outros
animais e crianças.
ALIMENTAÇÃO E SAÚDE
O Ragdoll
é o felino doméstico de desenvolvimento mais lento, por isso
precisa de cuidados básicos para crescer bonito e saudável: Ser
alimentado com rações balanceadas, de ótima qualidade, adequadas a
cada etapa de seu crescimento; receber suplementos
vitamínicos, além de comer ração para filhotes por mais
tempo; ser vermifugado periodicamente e vacinado nas épocas
certas. Precisa ser escovado, ter os olhos e as orelhas limpos e as
pontas das unhas aparadas uma vez por semana. Deve ter um
arranhador para brincar e afiar as unhas; ter sua liteira
(popular caixa de areia) limpa todos os dias; bem como ter água e
alimentos sempre frescos à sua disposição. Uma visita anual, de
rotina, ao médico veterinário é recomendável. Se o Ragdoll
precisar ficar muito tempo sem a presença humana e não tiver
outros animais como companhia, é aconselhável que tenha alguns brinquedos
especiais para gatos. E o mais
importante: Amor, carinho e atenção sempre, pois são elementos
importantes para manter um Ragdoll saudável e feliz.
PADRÃO DA RAÇA
O Ragdoll ideal deve ser grande e pesado. A completa
maturidade da cor não é atingida até os três anos de idade e
o peso e o tamanho completos não costumam se definir antes dos
quatro anos. O Ragdoll deve ser firme e musculoso, sem
gordura, exceto na área do baixo abdome. As fêmeas podem ser
consideravelmente menores do que os machos.
Cabeça: A cabeça do Ragdoll deve ser de tamanho
médio, larga (em cunha modificada), de superfície plana na área entre as orelhas. Seu
perfil deve apresentar stop delicado, o focinho redondo, de comprimento médio,
o queixo bem desenvolvido, os olhos levemente ovais (não podem ser
orientais), grandes e sempre azuis.
Pescoço: O Ragdoll deve ter um pescoço curto, pesado e
forte.
Corpo: O Ragdoll é um gato de porte grande que
deve ter o corpo longo e substancial com peito cheio,
omoplatas largas e quadris levemente mais
altos que os ombros. A sua estrutura óssea tem que ser forte
e substancial. Deve ter uma
almofada de gordura no baixo abdome; as pernas de comprimento
médio, com pés redondos, grandes e tufados. A cauda do Ragdoll
é longa, do mesmo comprimento do corpo. Ao pegar um Ragdoll,
o seu peso pode parecer surpreendente.
Pelagem: A pelagem permanece junto ao corpo e dá a
impressão de "quebrar" quando o gato se move. O manto é mais
comprido em volta do pescoço e nas extremidades da cabeça, dando a
aparência de um babador (bib).
Padrões de Pelagem: O
Ragdoll é basicamente um gato Colorpoint, ou seja, possui as extremidades:
Orelhas, focinho, pontas das
patas e rabo em tonalidade mais escura que a do corpo. E em dois de seus padrões
possui marcações brancas
com localizações específicas.
Padrão
Colorpoint: É o padrão básico do Ragdoll, não
pode possuir branco algum e as extremidades são mais escuras que o
resto do corpo.
Padrão
Mitted: É o mesmo Ragdoll Colorpoint,
porém com colocações de branco em lugares bem definidos do corpo:
Luvas (mittens) nas patas dianteiras (pontas) e traseiras (até os
joelhos).O queixo tem que ser branco, abrindo-se para o
colar, correndo em faixa pela barriga. Permite-se uma chama (blaze)
branca entre os olhos.
Padrão
Bicolor: É o Ragdoll Colorpoint com outras
marcações de branco específicas. No rosto, a máscara branca deve
ter o formato de um V invertido, as patas e a barriga devem
ter a maior parte de sua coloração em branco.
Padrão Lynx: Acrescentando-se listras à cauda, patas e face;
uma máscara branca ao redor dos olhos e da boca; e o focinho cor de tijolo
aos outros três padrões, obtemos o Padrão Lynx, ou seja, o
Ragdoll tigrado. Formando os padrões: Colorpoint Lynx,
Mitted Lynx e Bicolor Lynx.
Cores: O Ragdoll é aceito em todos os padrões
aqui descritos nas seguintes cores: Seal, Blue,
Chocolate, Lilac, Red, Cream, Tortie ou Torbie
(Tortie Lynx).
CURIOSIDADES SOBRE A
RAÇA
O Padrão Mitted do Ragdoll possui
luvas parecidas com as dos gatos Sagrados da Birmânia. Por isso, muitos diziam
que o Sagrado estava incluso na formação da raça Ragdoll.
Isso foi desmistificado ao comprovar-se
geneticamente que no Ragdoll as luvas são dominantes e no
Sagrado da Birmânia são recessivas.
O
Ragdoll sente dor e têm a musculatura
semelhante à dos outros gatos, contrariando o que pregava
Ann Baker em seu intento de promover rapidamente a raça. O
Ragdoll é diferente, sim, pela capacidade de relaxar tanto no
colo daqueles em que confia, que parece não ter articulações,
como uma boneca de pano (Ragdoll), característica que deu o nome à raça.
Os filhotes de Ragdoll nascem brancos e começam a marcar
por volta dos 15 dias de idade. Quanto mais clara for a cor,
mais demorada será a sua marcação.
Os gatos
fotografados nesta página são de propriedade da criadora Ana
Viggiani
Esta página é de responsabilidade de Ana Viggiani - Criadora
do
GATIL MONTANA'S RAGDOLLS
Fone: (11) 3288-1184
Fotos: Ana Viggiani
cattery@montanasragdolls.com
- http://www.montanasragdolls.com
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