AMERICAN BULLDOG
DE ONDE VEM ESSE CÃO?
O American Bulldog (bulldog americano)
- AB - originou-se a partir do bulldog antigo, na Inglaterra, no século XVII.
Entretanto, enquanto na Inglaterra o valente bulldog foi
"aperfeiçoado" até tomar a forma e atitude do bulldog inglês atual (pequeno, preguiçoso
e "imprestável"), os bulldogs que foram enviados para os EUA naquela
época mantiveram a sua característica de cão de combate a animais selvagens,
trabalho e proteção. São esses o que chamamos hoje de Bulldog Americano.
Nesse século coube ao Sr Johnson, através de um trabalho
pioneiro de pacientemente procurar pelas fazendas afastadas do estado da Georgia representantes do bulldog
original, de salvar e apurar a raça até o padrão atual. Atualmente a raça é bastante difundida
nos EUA, onde o cão continua a ser usado, entre outras coisas, para caça de
animais selvagens de grande porte, e para o trabalho nas fazendas. No Brasil é uma raça
relativamente nova, com os primeiros cães sendo introduzidos a pouco mais de 10
anos.
UM CÃO DE TRABALHO: ESSE O PADRÃO DO AB!
Por ser uma raça de trabalho, os ABs são muito mais
caracterizados pelos seus aspectos de trabalho e temperamento, do que por
questões de estética. Assim, vários tamanhos, colorações e aspectos são
permitidos pelas associações americanas onde a raça é reconhecida. Em resumo, trata-se de uma raça de grande porte, que
necessariamente deve passar a impressão de um cão alerta e poderoso, com peito
amplo e cabeça grande e pesada, observando-se a proporção com o tamanho do
corpo. O focinho deve ser quadrado e relativamente curto (de 2 a 4 polegadas), e
as pernas são fortes, com ossatura pesada e musculosas. As cores aceitáveis
são o branco (preferível), o branco e tigrado, e o branco e marrom. Cães
totalmente coloridos não são aceitos, assim como cães com "jarrete"
e cães com cabeça pequena (em relação ao corpo). Mesmo em cães brancos, a
ponta do focinho (nariz) necessariamente deve ser preta. (Para
mais detalhes sobre o padrão do AB, veja o site http://www.terra2.com/ab/padrao_ab.htm).
O "OBA-OBA" DAS LINHAGENS DISPONÍVEIS - JOHNSON,
SCOTT E OUTRAS MAIS
Existe toda uma crescente discussão sobre a questão das
linhagens disponíveis na raça. Fala-se em linhagem Johnson,
Scott, Painter, Haines, etc geralmente referindo-se à pessoa que
deu origem à linhagem.
Em geral os cães de linhagem Scott
(veja foto à direita) são menores, mais ansiosos,
mais agressivos (especialmente com outros cães) e mais atléticos. Os cães da linhagem Johnson
(veja foto à esquerda) são maiores, mais fortes, mais imponentes e mais calmos. Trata-se da única linhagem completamente
preservada dentro da raça, e por isso a mais preferida. As linhagens restantes são consideradas híbridas, geralmente misturas das duas anteriores, e ainda a
infusão controversa de sangue de outras raças, tais como PitBull e São
Bernardo. Em resumo a melhor opção são os cães Johnson. Sugere-se não
adquirir cães que não sejam NO MÍNIMO 5/8 Johnson. (Note
que todas as informações discutidas nessa página referem-se a
cães de linhagem Johnson.)
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A RAÇA
- O recorde mundial de peso (puxar-carroças) foi batido
por um AB chamado BamBam, que conseguiu puxar sozinho cerca de 2500 Kg. Nenhuma outra raça
jamais chegou nem perto disso.
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- Com seus músculos traseiros super desenvolvidos, ABs
bem treinados chegam facilmente a pular a altura de 2 metros!
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- ABs são ainda utilizados nos EUA com grande sucesso na
caça de porcos e outros animais selvagens.
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- ABs latem muito pouco! Se você tem um visinho que não
gosta de latidos de cães, então o AB é o cão que precisava. Na maioria
das vezes ele irá latir apenas em casos extremos, onde existe de fato algum
perigo envolvido, ou algo de estranho no seu território.
UM ÓTIMO GUARDIÃO, UM EXCELENTE COMPANHEIRO: O MELHOR
AMIGO DO HOMEM, DE FATO!
É provável que não exista outra raça que coloque mais
medo a um estranho que o Bulldog Americano. A primeira impressão que se
tem é que se trata de um PitBull gigantesco. Isso por si só já se encarrega
de manter afastados potencias mal feitores. As aparências, porém, enganam.
Para surpresa de muitos, trata-se de uma raça de excelente índole! Apesar de
estar pronto a defender os membros da sua família, e o seu terreno, o cão
raramente irá atacar estranhos, especialmente na presença do dono. Se for
corretamente familiarizado enquanto filhote, e receber treinamento de
obediência básica (OBRIGATÓRIO para cães dessa raça), você terá muito
provavelmente o melhor cão da sua vida. Pelo menos é o que todos os donos de
AB dizem!
Fortemente apegado à família, ele tentará de tudo para
estar SEMPRE por perto, seja enquanto você trabalha no jardim cuidando das
plantas, ou simplesmente relaxando ao seu lado enquanto você assiste seu
programa de TV favorito. Em resumo, felicidade para um AB é estar ao seu
lado! No que diz respeito a outros cães, contudo, a história é um
pouco diferente. Em geral, a não ser que o "outro" cão tenha sido
criado desde filhote com o seu AB, ele dificilmente o irá aceitar no
"bando".
ABs e crianças - Os AB adoram as crianças.
Apesar disso, e por serem grandes (pesados) e desajeitados, eles podem
facilmente machucar uma criança pequena com um pulo ou algo do tipo. É assim
fortemente recomendável que um adulto esteja sempre por perto quando houverem
crianças perto do seu AB, especialmente no caso de crianças estranhas e ansiosas.
QUESTÕES DE SAÚDE
Trata-se de um cão resistente, com poucos problemas de
saúde. Mas nem tudo são flores. Talvez o maior drama vivido pela raça,
responsabilidade direta de criadores desinformados ou simplesmente de índole
duvidosa, é o problema da displasia da bacia coxo-femural, que assola de forma
cruel os cães dessa raça. Para saber mais sobre o problema, visite o site http://www.terra2.com/ab/displasia.htm
(De forma breve a displasia trata-se de um problema
de natureza genética, responsável pela má formação da articulação da
bacia coxo-femural, e que pode, em alguns casos, causar grande sofrimento e
problemas de locomoção aos animais).
Nos EUA existe atualmente todo um trabalho sendo feito no
sentido de livrar os cães desse mal. No Brasil o mesmo trabalho já começa a ser
feito, mas o engajamento dos principais criadores ainda deixa a desejar. Isso
porquê a única forma de erradicar o mal é NÃO cruzar animais portadores do
mal. E isso passa, muitas vezes, pela necessidade de castração de animais
campeões, nos quais grandes quantias foram investidas. A dica para quem quer
adquirir um AB é certificar-se se os pais dos filhotes são certificados
quanto a displasia.
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