Por ser uma raça pouco conhecida, estou sempre contando um pouco da história destes cães, que são provenientes do Oriente Médio. Considerados a mais antiga raça de cães domésticados, caçavam desde os tempos dos antigos egípcios e mesopotamicos e foram se espalhando pela Peninsula Árabica. Conhecido como CÃO REAL do EGITO, já era reconhecida como uma "raça distinta" desde quando Alexandre, "o Grande" invadiu a India. Eram tão estimados que seus corpos eram mumificados assim como os dos próprios Pharaos.
Como foram criados por tribos nômades do deserto, o seu habitat compreende a região que vai do mar Cáspio até o Saara e naturalmente apresentam variações em tamanho e pelagem, existindo os de pelo longo, e os de pelo curto. Graças à sua velocidade e aguçada visão eram usados pelos árabes na caça de gazelas.
Sua importância como provedor de alimentos para as tribos lhes garantia uma posição superior entre outros cães, dormiam nas tendas, onde tinham livre acesso e eram conhecidos como "El Hor", ou seja, "o nobre". Eram tão valiosos que nunca eram vendidos. Eram presenteados entre as tribos como forma de demonstrar apreço, respeito e laços firmados.
Teriam sido conservados graças aos esforços destas tribos nômades, que transmitiam os pedigrees de boca a boca, de geração para geração. Apesar da aparência aristocrática, são de forte constituição.
São extremamente apegados ao dono e não costumam obedecer a qualquer comando. O adestramento deve ser paciente e considerar as características da raça. Jamais deve-se usar métodos extremamente rigorosos.
São extremamente inteligentes, independentes mas muito fieis e DEDICADOS ao dono. Não são ideais para quem esperam um cão que obedeça prontamente aos seus comandos. Não é um cão considerado ideal para donos inexperientes. Precisam ser compreendidos na sua personalidade, exigem local espaçoso para que se exercitem, não podem ser deixados em locais não cercados (tem forte instinto de perseguição a qualquer "coisa" que se mova, inclusive o cãozinho do vizinho!!!). São altivos e adoram deitar em sofas e camas.
Trixie Belle é muito carinhosa e cumprimenta alegremente as pessoas que estão comigo. Mas não é um cão efusivo com estranhos. Nada agressiva, ela convive em harmonia com meus filhos, mas é ciumenta em relação aos meus outros cães. Sua dedicação é claramente voltada para mim, e ela faz questão de demonstrar que é um cachorro de um dono só. Muitissimo amorosa e dedicada a mim, costumo dizer para aqueles que se deixam envolver pela sua beleza, charme e dedicação, é difícil não se apaixonar por estes cães... quem gosta de Saluki, adora, é geralmente fanático pela raça. Como diziam os árabes, não são cães, são... Salukis !!!
É importante ressaltar que são cães especiais, que só devem ser adquiridos após pesquisa intensa (assim como deveria ser feito antes de se adquirir qualquer raça). No caso dos Salukis, deve-se conversar bastante com o criador e donos desta raça, pois não são cães que se adaptam a todos os tipos de pessoas. O Breeding também exige um cuidado especial, no sentido da preservação de uma raça tão antiga e particular. É um grande prazer e também muita responsabilidade criar uma raça tão antiga e peculiar quanto esta.
Esta página é de responsabilidade de Helena Pondé Dhelomme
Criadora de Saluki, Whippet e Pastor Belga de Malinois
E-mail: le1dhe@aol.com